Pensar Contábil, Vol. 14, No 55 (2012)

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Um Estudo Empírico Sobre o Conservadorismo Contábil no Brasil – Período de 1995 a 2010

Bruno D'Assis Rocha, Alvaro Vieira Lima, Frederico A. de Carvalho, Manoel Marcondes Machado Neto

Resumo


Resumo
O aumento da complexidade nas transações comerciais,
aliado ao porte das organizações globalizadas, vem gerando
forte impacto na economia e no mercado de capitais, produzindo, por sua vez, considerável repercussão sobre
as informações geradas pela Contabilidade. Muito se tem
pesquisado e discutido sobre o real valor da informação
contábil para seus diversos usuários. Essa discussão,
em muitos casos, está baseada na fidedignidade das demonstrações
financeiras em relação à realidade econômica
das empresas reportadas. Uma das principais críticas
feitas à Contabilidade é a de ser conservadora em relação
aos critérios utilizados na apuração do resultado contábil.
Como consequência, suas informações não refletiriam a
realidade econômica das empresas. Some-se a isso o fato
de que, ao longo dos anos, a Contabilidade vem incorporando
novos critérios que a estariam tornando ainda mais
conservadora. Este problema é de suma importância, pois
levanta a questão da comparabilidade das demonstrações
contábeis ao longo dos anos. Este trabalho, usando uma
amostra de 106 empresas de capital aberto negociadas
na BM&FBOVESPA, a partir da utilização dos modelos de
mensuração do Conservadorismo de Oportunidade Assimétrica
dos Lucros – Basu (1997) e de Acumulação de
Accruals – Givoly e Hayn (2000), analisa os retornos destas
ações em comparação com os retornos contábeis e conclui
pela aceitação da hipótese de que houve um aumento do
Conservadorismo reportado nas demonstrações financeiras
ao longo do período de 1995 a 2010.
Palavras-chave: Conservadorismo; Informação
contábil; Provisões.
Abstract
The increasing complexity of business transactions,
combined with globalized sized organizations, has
generated strong impact on the economy and capital
markets, producing in turn, considerable repercussion on
the information generated by Accounting. Much has been
researched and discussed about the real value of accounting information to its various users. This discussion, in many
cases, is based on the reliability of the financial statements
in relation to the economic reality of the companies
reported. One of the main criticisms of accounting is to be
conservative in relation to the criteria used in determining
the accounting earnings. As a result, its information will not
reflect the economic reality of the business. Added to this the
fact that, over the years, accounting has been incorporating
new criteria that would become even more conservative.
This issue is of paramount importance, since it raises the
question of comparability of financial statements over the
years. This study, using a sample of 106 companies traded
on the BM&FBOVESPA, starts from two measurement
models, Conservatism Opportunity Asymmetric Earnings –
Basu (1997) and Accumulation Accruals – Givoly and Hayn
(2000), analyzes stocks returns compared to accounting
returns and concludes by accepting the hypothesis that
there was an increase of Conservatism reported in financial
statements over the period 1995 to 2010.
Key Words: Conservatism. Accounting information. Accruals.

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