O controle sustentável das finanças pessoais pode ser impulsionado pela educação financeira. Isso leva à expectativa de que cursos na área de negócios, como a contabilidade, podem qualificar os indivíduos para gerir suas finanças pessoais. A Teoria da Contabilidade Mental, por sua vez, considera que a análise de eventos financeiros pode fugir da racionalidade decisorial. Logo, o objetivo da pesquisa é identificar aspectos das finanças pessoais de graduandos em Ciências Contábeis, Design, Moda e Pedagogia da Universidade Estadual de Maringá, campus de Cianorte, sob a ótica da Teoria da Contabilidade Mental. A pesquisa utiliza a estatística qui-quadrado, cujos dados são oriundos da aplicação de questionário estruturado a 154 alunos. Os resultados indicam que os futuros contadores desenvolvem formas mais avançadas de controle de suas finanças, cujo aspecto não foi significativo nos acadêmicos dos demais cursos. Porém, as decisões de investimento e o auxílio financeiro de familiares indicam que os alunos de contabilidade possuem comportamento não relacionado aos aspectos racionais introduzidos pela graduação. A discrepância quanto ao comportamento relacionado às finanças pessoais entre alunos de distintos cursos mostra que a ampliação de atividades educacionais sobre o tema pode ter resultados positivos, mas também há elementos racionais ou subjetivos presentes nas decisões financeiras pessoais.