Este trabalho teve como objetivo analisar a relação entre os Estilos de Aprendizagem e as Competências individuais adquiridas, segundo a perspectiva dos acadêmicos do curso de graduação em Ciências Contábeis. Em relação aos procedimentos metodológicos, este estudo é classificado como quantitativo em função da utilização de técnicas estatísticas, como descritivo, por conta do objetivo geral e também como pesquisa de levantamento devido a aplicação de questionários. Como instrumentos de coleta de dados, utilizaram-se dois questionários, sendo o primeiro, o inventário dos Estilos de Aprendizagem de Kolb criado em 1979, revisado em 1985 e 1993, traduzido e validado no Brasil por Cerqueira (2000) e o segundo, o questionário de Competências, criado com base em Godoy et al. (2005), que foi validado por três professores da área. A população deste estudo foi de 234 alunos, resultando em uma amostra de 108 respondentes. Para análise dos dados, utilizou-se o Alfa de Cronbach, análise fatorial exploratória, análise de variância (ANOVA), além do teste Post Hoc DMS de Fisher. Como principais resultados ressalta-se que mais da metade dos respondentes da amostra possui Estilo Assimilador (53,70%). Sendo assim, a maioria dos discentes do curso de Ciências Contábeis possui como habilidades predominantes na aprendizagem a conceituação abstrata e a observação reflexiva, o que caracteriza um raciocínio indutivo para estes alunos. Em relação às Competências, identificaram-se três fatores, por meio da análise fatorial exploratória, que foram denominados Competência Ética e de Solução de Problemas, Competência Sistêmica e Analítica e Competência Técnico-Profissional. Além disto, a ANOVA apontou que os Fatores Competência Ética e de Solução de Problemas e Competência Técnico-Profissional não demonstraram diferença significativa em função dos Estilos de Aprendizagem. Sendo assim, apenas o Fator Competência Sistêmica e Analítica relevou diferenças entre as médias com relação aos Estilos de Aprendizagem.