O crescimento da utilização de modelos padronizados para divulgação de informações sobre os impactos econômicos, ambientais e sociais, ocasionados pelas organizações nos locais onde atuam, estimula o exame da utilidade percebida dessas informações na perspectiva de seus usuários. Este artigo avalia o grau de convergência da percepção de relevância dos indicadores ambientais propostos pela Global Reporting Initiative (GRI) por parte de Organizações Não Governamentais (ONGs) de dois estados brasileiros: Rio de Janeiro e Espírito Santo. A amostra foi construída a partir dos cadastros da Associação Brasileira de ONGs (ABONG) e do Ministério da Justiça brasileiro. Um questionário permitiu conhecer as visões dos respondentes acerca da importância dos indicadores. As opiniões sobre 17 indicadores essenciais ambientais foram analisadas por meio do teste Qui-quadrado de aderência de frequências, permitindo verificar se as distribuições se assemelhavam para cada um dos indicadores inquiridos. Os resultados indicaram um alto índice de aprovação em relação aos indicadores desse modelo. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas nas visões de ONGs fluminenses e capixabas em apenas 18% dos indicadores estudados, sendo a maior diferença com relação à divulgação das iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da redução desses impactos.